Sentimos
raiva! O importante é saber lidar com essa emoção...
A raiva faz parte das
emoções primárias. O ser humano por questão de sobrevivência está sempre em
contato com esta emoção. Senti-la é valido e correto, o que se faz necessário é
controlar para que ela não nos controle.
Além das reações
físicas, a raiva provoca um desgaste emocional com conseqüências na vida social
da pessoa e na suas relações interpessoais, como perda de emprego, término de
relacionamentos, rejeição por parte do grupo e até prisão. A tensão (stress)
provocada pela raiva contribui para uma excitabilidade orgânica excessiva
responsável pelo desenvolvimento de hipertensão, doenças cardiovasculares,
diabetes e morte prematura, como também transtornos emocionais: depressão e
ansiedade.
Segundo Lipp (2010),
precisamos ser os gerenciadores das nossas emoções, e não sermos governados por
elas. Por isso, Lipp aponta estratégias importantes para lidar com a raiva,
direcionada para pessoas que tem muita dificuldade de lidar com esta emoção e
que, por isso, já passaram por inúmeros transtornos na vida.
1. Reconheça que sua raiva precisa de controle.
2. Lembre de que a raiva obedece às seguintes etapas: o evento, a
interpretação que você deu a ele, as reações físicas e emocionais do stress, o
comportamento de raiva, a reavaliação que você fez interpretando a situação
como ainda pior e o escalonamento ou agravamento da reação.
3. Atente para a idéia de que algo se torna uma provocação se você
interpretar assim.
4. Entenda que as reações de raiva têm o poder de aumentá-la.
5. Compreenda que a explosão de raiva não é o primeiro componente do
processo a ocorrer e que, portanto, dá tempo de controlar seu modo de reagir.
6. Sempre tente quebrar o processo de reação da raiva na sua fase inicial,
isto é, verifique se o seu modo de avaliar a situação desencadeadora da raiva
(aquilo que você considera uma provocação) pode ser mudado. Para tal, modifique
seu diálogo interno, o modo como fala consigo mesmo.
7. Quando perceber que o stress está se desenvolvendo, tente relaxar para
ver se elimina essas reações. Experimente dizer para si mesmo “Cal...ma!
Cal...ma”. “vou deixar para reagir amanhã, quando tiver avaliado
a situação sem raiva”. O diálogo deve ser apaziguador e não incentivador de
atos de agressão. Cuidado com o pensamento, pois é ele que determina como você
vai se sentir.
8. Respire profundamente pelo nariz e expire devagarzinho pela boca.
9. Tente encontrar modos construtivos de uso da raiva: por exemplo, faça
ginástica, caminhe, cante, ria, seja positivo, converse sobre seus sentimentos.
10. Quando começar a se sentir irritado durante uma conversa, pare de
conversar imediatamente e saia do local.
11. Use, sempre que necessário, a técnica da distração, isto é, tente se
engajar em outra atividade, como contar o número de tomadas em uma sala ou de
parafusos em uma janela, beba um copo de água, pense em algo que o tranqüiliza.
12. Assuma a postura mental de se recolher em si mesmo, respirando fundo e dando
tempo para acalmar sua mente.
13. Tome uma ação responsável. Isto é, quando já estiver em controle da sua
raiva, tente resolver a situação que o fez ficar tão aborrecido de modo
construtivo, em vez de tomar uma atitude que resolve o problema na hora, mas
cria um maior no futuro.
Referência Bibliográfica: Marilda Lipp (org), 2010, Ed.
Papirus, São Paulo.
Um grande abraço,
Equipe PROBEM
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